Mais um na multidão

4a.etapa da IRL 2011

Relato sobre minha experiência ao tentar assistir ao vivo a etapa brasileira da IRL 2011, conforme segue:

Tive de ligar para a empresa de ingressos para me informar sobre a venda pois não havia essa informação nos jornais que comprei. Às 14:13h me dirijo a estação Luz para o autódromo. O sol em Sampa está forte e caminho bastante até encontrar o lugar. Ao me aproximar ouço o barulho característico dos motores mas a caminhada é longa sob o sol e enfim chego ao portão da venda e adquiro pelo débito ($300). Os convidados dos promotores estão nos melhores lugares. O meu, portão 23 arquibancada "E", imaginei que ficasse defronte ao fim da reta , mas ela fica ao contrário, no início do sambódromo. Ainda sim, em pé no último lance dela dá pra ver a curva onde há disputa de posição. Não me deixaram subir com a garrafinha. Mas vi outras pessoas com elas, ambulantes idem  Esses são abençoados, estão em tudo , tenho certeza que estarão na Copa de 2016. Acompanhei parte da corrida de GT mas sem rádio fica-se boiando. Falando em boiar, o sono me atacou muito forte e cochilei. Deixei o autódromo às 17:23h, que é ladeado pelo Campo de Marte, onde gastei 30 minutos até o metrô.

Táxi ($20) que me deixa bem próximo ao portão 23 às 8:30h. Não deixam entrar com a garrafa e quase também o pão de queijo, tive de insistir. Vazio no lugar que escolhi  mas já havia gente no último lance da arquibancada, ainda pego o warm up. Sol entre nuvens, por vezes forte. Sou obrigado a pagar ($4) por uma garrafinha de 350ml de água posta num copo. Nele ponho um papel e o celular em cima pra não voar, mas talvez isso o tenha deixado problemático, reiniciando toda hora. Cochilei na GT4 e o tempo começou a nublar. Tanto que depois das 12h tive de comprar uma capa ($10). Relutei na primeira garoa mas quando a chuva veio forte, a pus correndo. A prova começou e parou depois das primeiras confusões. O vento, mais que a chuva, foi muito forte, não dava pra ver a corrida direito. Me abriguei sob a arquibacancada e quando amainou voltei ao meu lugar. Papel de palhaço, pois ali fiquei apenas para cochilar novamente, rasgar sem querer a capa ordinária, sentir frio e presenciar uma delonga injustificável, inaceitável para recomeçar a corrida. Os pilotos ainda deram cinco voltas em bandeira amarela para surpreendentemente suspender a prova de novo. Parto 16:40h percebendo que já não havia chance de corrida em luz natural. Pego um taxi ($17).

Segunda, 2/5/2011

Levanto às 9h para o café. Para minha surpresa, a corrida estava em andamento e  a ouvi pelo rádio, pois a TV do hotel não pegava a Bandeirantes. Frustração , frustração e frustração.

       Claramente a organização da prova não tinha um plano B. Parecia que chuva em São Paulo era um despropósito! A retomada da corrida às 9h de uma segunda-feira foi ridícula e covarde, pois sequer deu tempo dos espectadores se inteirarem da nova data e se prepararem.

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No verso do ingresso da Livepass, entre os oito itens havia a advertência de que era proibido fotografar, filmar, etc, algo descabido. Provavelmente copiado e colado de ingresso de show de música.

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No folder que vinha junto com os ingressos havia também dezoito termos e condições a que a o portador já estava obrigado a aceitar. A maior parte era eximindo a organização de todos os problemas. Desde a prerrogativa de não reembolsar ninguém podendo suspender ou encurtar o evento sem aviso prévio, apreender e expulsar o cidadão que estiver em alguma área não autorizada, repassando ao espectador todo e qualquer risco por perigos desconhecidos, não óbvios e não esperados, ou seja, tudo. Apesar disto, este mesmo espectador fica cientificado que sua imagem, se captada, cede de forma gratuita e definitiva aos promotores do evento todos os direitos sobre a mesma, inclusive com direito a publicidade sem limitação.

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Com a crescente conscientização dos brasileiros por seus direitos, creio que os abusos acima descritos serão em breve redimidos, via propaganda negativa na internet ou pela via judicial.

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Exibida ad nauseam no autódromo, a vinheta da IRL na Band me traz péssimas lembranças quando a ouço.